Documentário "Ways of Seeing" (Modos de Ver)

    O documentário "Ways of Seeing" traz uma nova perspectiva sobre a forma em que as pinturas são vistas desde a segunda metade do séc. XX. Ele argumenta a favor da ideia de que a maneira com a qual os indivíduos enxergam uma obra depende de hábitos e convenções, deixando de ser um ato natural e espontâneo em sua essência. Nesse sentido, a invenção da câmera fotográfica foi tida com um fator que reforçou este cenário, a partir da possibilidade de reprodução de pinturas e da captura de momentos e lugares específicos, em que não era mais necessária a presença física do observador. Isso possibilitou que as obras de arte fossem transmissíveis, gerando novos significados, que podiam ser transformados e manipulados, justamente pela natureza silenciosa e imóvel das pinturas. Assim, a reprodução dos quadros tornou viável a qualquer um usá-las como se fossem palavras, em defesa de um ponto de vista. Entretanto, o documentário também contrapõe com a inacessibilidade de algumas obras, por meio de textos que prezam pela sua manutenção apenas dentro do campo dos especialistas. Desta forma, recorrendo a generalizações, mistificações e sentidos pré-determinados, o objetivo é impedir a elaboração de concepções singulares e diversas.

 

1- Explique a contraposição entre os limites naturais dos olhos humanos e a invenção da câmera fotográfica no que tange a observação de pinturas em museus ou de cenas que requerem um lugar e um momento específicos.

2- Porque John Beger afirma que a câmera fotográfica destruiu o significado original e único das obras de arte?

3- Explique a diferença de impacto causado na pintura de Goya pelas duas mudanças de canal expostas no documentário (entre os minutos 20 e 21).  

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